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terça-feira, 22 de junho de 2010

Consumismo, por Mariana Melo e Isabela Arjona



Dia das Mães, Dia dos Namorados, Aniversário, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal.
Pois bem, nos dias de hoje, era do capitalismo, das pessoas imediatistas e dos celulares de última geração com bluetooth, câmera digital e tela sensível ao toque, qualquer razão vira um motivo para se dar ou receber presentes. Quer um exemplo? Dia das Mães. Antes, esse dia significava ficar com a família e de estar junto de quem se ama, e não passar a tarde numa loja de celular pesquisando o melhor pacote de preços para sua mãe.
Um exemplo melhor ainda? Natal. Nossa, mais que emoção! Cristo nasceu no dia 25 de dezembro, vamos comemorar esse dia tão especial com a família e com os entes queridos? Nada disso. É so mais uma oportunidade de dar e receber presentes. E se aquela pessoa, aquele parente que você tanto gosta não estava presente, mais te mandou uma lembrança, você se sente amado, querido. Ou então aquela tia chata e insuportável. Ela te deu o X-BOX de última geração que você tava louco para ganhar. Resultado? Ela vira sua tia favorita. E o pior, é que não são só as crianças que chegam e abraçam os parentes depois de uma longa viagem perguntando pelos presentes. Todos hoje em dia se preocupam mais com o consumo do que com outras coisas de grande importância.


Mas, ás vezes, pode acontecer de esse consumo desenfreado que está destruindo o mundo ser um problema de alto-estima ou até mesmo de personalidade. Então meu amor, se você ama fazer compras compulsivamente, ou você é uma adolescente, ou você é uma quarentona que pensa que é adolescente, ou então você precisa de tratamento. Um exemplo de consumista obcessiva é o da jovem Rebecca Bloom, personagem principal do filme "Delírios de Consumo de Becky Bloom".



A sociedade consumista, além de acelerar a degradação ambiental, também transforma as pessoas que vivem nela. Egoísmo, egocentrismo, superficialismo, individualismo, imediatismo são agora as principais características das pessoas que seguem a moda e sobrevivem nessa selva que é o mundo consumista. A sociedade não apoia mais o diferente, as ideias, a criatividade ou a liberdade de escolha. Se é moda usar casaco vermelho, qualquer um que vestir um sobre-tudo laranja virará alvo de risos e de zoação. Um exemplo bem claro disso é o conto fantástico que trabalhamos em sala de aula: O Homem Da Cabeça De Papelão (link abaixo).


Porém, se o problema fosse apenas o enorme buraco que está se formando na sociedade e nas relações entre as pessoas, estaria tudo bem, pois sempre haverá psiquiatras, terapeutas e manicomios para dar um jeito nas pessoas problemáticas da vida, mas a questão vai muito além.

Por acaso você sabe quanto se gasta de água para se produzir um carro? Chuta. Centenas de litros de água.
Sabe quanto uma pessoa numa região pobre da África tem de água para sobreviver um dia inteiro? Chuta. De 1 a 3 litros de água. Sinto muito ter que desfazer a sua doce ilusão de que todas as previsões que os cientistas estão fazendo são muito exageradas ou infundadas, porque não são. É claro que sempre ocorre um exagero aqui, um errinho ali, mas os problemas são muito reais. As geleiras estão derretendo sim, as pessoas morrem de fome sim, o número de animais em extinção aumenta sim a cada dia. Mas a pior parte é que a sociedade e todas as pessoas que vivem nela não se importam com o futuro que constroem para o mundo no dia-a-dia, muito menos com as consequências que isso vai trazer para si mesmas!

Então, não adianta dizer que amanhã vamos mudar nosso discurso, nosso modo de agir e parar de colocar na frente o que queremos, em vez do que é necessário. Como pessoa e amiga, eu so tenho um recado pra você: levante-se da cadeira e vá apagar as luzes que estão acesas pela casa, feche direito as torneiras, não demore anos e anos luz no banho, o futuro é agora! Você é sua conta de luz, sua conta de água.

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